terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dilma lança terceira etapa da Expansão... e qual o nosso papel neste processo?

Hoje, dia 16 de agosto a Presidente Dilma lançou a terceira etapa da expansão da Rede dos Institutos Federais no Palácio do Planalto. E nada mais importante do que demonstrarmos a nossa insatisfação quanto a esta expansão, construída sem a preocupação com o projeto de escola que pretendemos, bem como com os anseios profissionais que apresentamos. Inclusive hoje o Comando Nacional de Greve e a Base do Instituto Federal do DF estiveram presentes a um ato em frente ao Palácio do Planalto, onde foram distribuídas bananas e foi feita panfletagem para quem entrava para a atividade de lançamento. Vários Reitores puderam presenciar o nosso ato e quem possam mediar a abertura das negociações entre governo e Sindicato Nacional.

Estamos na maior greve da história do nosso Sindicato Nacional. Já são mais de 150 Campi em Greve, com a organização de 47 Seções Sindicais. E mesmo nas bases onde ainda não ocorreu a deflagração do movimento paredista, existe todo o interesse de mobilizar a categoria para que integrem o movimento nacional de Greve do SINASEFE e que possam parar suas atividades.

As diversas assembleias realizadas nas instituições de ensino vêm contando, inclusive, com o apoio da maioria dos estudantes que vêm participando dos fóruns de base quanto às nossas reivindicações, que não são somente salariais e que buscam também manter e ampliar a qualidade do ensino que construímos na Rede.

A intensa mobilização dos servidores/as nessa greve tem demonstrado que chegamos ao nosso limite. O governo insiste no encaminhamento de projetos de lei e programas que precarizam e privatizam a educação em todas as suas dimensões e incidem diretamente nas carreiras e salários dos servidores/as. Falta estrutura para garantir uma formação que contemple as diferentes dimensões da vida e do trabalho e com a transferência de recursos públicos para a iniciativa privada, inclusive na área da educação.

A expansão da rede federal ocorre num contexto marcado pela retirada de direitos e constitui o que parece ser uma perspectiva de ampliação das vagas e inclusão, mas na verdade tem como objetivo a focalização e restrição no investimento de recursos e, consequentemente, a precarização dos serviços prestados. Ou seja, ao mesmo tempo em que amplia o acesso não garante as condições de permanência dos estudantes, na perspectiva da universalidade.

Nossas lutas se pautam pela garantia da educação pública, gratuita de qualidade, com referência social, o que está sendo desmontado por dentro, com uma expansão do ensino público federal sem as garantias de condições para a sua consolidação.

Enfim, não há nada para se comemorar ainda, a não ser a perspectiva que temos nesta greve de pautar uma discussão mais profunda de que expansão nós queremos e qual a expansão que o Governo Federal irá proporcionar com medidas e investimentos que atendam as verdadeiras demandas da Sociedade e de cada Comunidade Escolar envolvida neste processo.

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