
O reitor Sérgio Teixeira recebeu na manhã de hoje o Comando de Greve do IFAL em seu gabinete. A reunião também foi parcialmente acompanhada pela imprensa, com presenças de repórteres da Gazeta, O Jornal e Tribuna.
Durante o encontro, os representantes do Comando de Greve expuseram a conjuntura política do movimento, com uma greve nacional que se amplia a cada dia e pode tomar contornos de um movimento unificado dos Servidores Públicos Federais, algo que não ocorre desde a greve contra a Reforma Previdência, no início do segundo semestre de 2003.
Também foram relatados os problemas que são enfrentados localmente, principalmente sobre a questão da precariedade estrutural. Alagoas poderia, fatalmente, ter que entrar em greve sozinha - caso não existisse a greve nacional - por condições impróprias para o trabalho em grande parte das suas unidades. Representantes de Penedo e Murici estavam presentes e relataram parte de suas angústias profissionais diárias. Murici está enumerando suas deficiências em uma carta e a enviará ao MEC.
Em reflexão ao que ouviu, o reitor se mostrou sensível ao movimento e suas pautas. Para ele, a expansão que está sendo feita pelo Governo Federal tem muitos problemas e o seu terceiro pacote, a ser lançado em curto prazo, nem deveria sair até que os problemas da "Expansão 2" sejam resolvidos.

"Eu não ficaria dois meses lá, não tem a mínima condição de funcionamento", disse o reitor sobre a situação dos trabalhadores lotados em Penedo.
Sobre Murici, Teixeira foi ainda mais incisivo. Apoiou a iniciativa dos servidores do campus em escrever a carta-denúncia e disse que dará um ultimato ao prefeito da cidade, Remi Calheiros, sobre o pedido do terreno para a instalação da unidade: caso não cheguem a um denominador comum, o reitor falou - inclusive - que está disposto a comprar uma briga com o senador Renan Calheiros e solicitar a mudança da unidade de Murici para outra localidade.
"Se a Prefeitura de Murici não resolver a questão do terreno, vou pedir ao MEC a mudança do campus para outra cidade", disse.

Durante a reunião, o reitor garantiu que respeitará a greve, enfatizou que a mesma está dentro da legalidade, e mostrou sensibilidade às pautas.
"O salário dos docentes iniciantes do IFAL é menor que o de um técnico de Universidade Federal. É realmente absurdo. Faltou empenho do MEC e do MPOG para resolver a questão da carreira dos servidores. O projeto já está lá faz três anos", falou Teixeira.
O reitor garantiu a legitimidade do direito de greve e que não vai admitir pressões de diretores para que funcionários não adiram a mesma. Quem quiser entrar em greve, terá seu direito respeitado e não sofrerá pressões ou perseguições.
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